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quinta-feira, 28 março, 2024

Um encontro com René Dubois

Valter Xéu*

 Nesta quarta-feira (16/03), acompanhado do meu amigo Lemos, Consul da Bolívia, fui jantar no restaurante Coco Bambu, um dos tops de Brasília, e tivemos a felicidade de ter a companhia de René do Buois, prefeito por duas vezes de Jaguaquara na Bahia e radicado em Brasília há vários anos.

René tem historia na politica baiana. Fiel amigo do lendário ex-deputado Chico Pinto, foi um dos fundadores do MDB, partido que na época batia de frente contra a ditadura miliar imposta ao país, bem diferente do PMDB de hoje, que esta mais para quadrilha do que para partido. Rói um jantar agradável, pois René possui a virtude de ser uma ótima figura e ser um excelente papo.

Amigo do colunista Sebastião Nery, René nos brindou com várias historia contadas pelo famoso colunista filho de Jaguaquará, e uma delas teria acontecido em uma cidadezinha no interior do Ceará, onde a politica municipalista era disputada a ferro e fogo por duas famílias da cidade.

Um senhor beirando os 90 anos e que já tinha sido prefeito por varias vezes, derrota o adversário, depois de uma campanha onde não faltaram mortes e xingamentos de ambos os lados.

O poder politico no município ficou divido entre as duas famílias, pois o lado derrotado tinha elegido um jovem deputado estadual, filho de um ex-prefeito que já tinha falecido e que tinha sido adversários do atual que dirigia a prefeitura.

Um dia, morre um professor muito querido na cidade e no enterro, na beira da cova, todos a discursar falando das virtudes do defunto.

Por questões de hierarquia, os dois últimos a discursar seriam pela ordem, o deputado e o prefeito.

Depois do juiz, delegado, comandante do Tiro de Guerra e do padre, chegou a vez do deputado que disse: “Vai querido professor! Vai e leva esse recado para meu pai, que a cidade esta uma merda com as ruas esburacadas, escolas que não funcionam e educação idem.

O prefeito é claro, ficou furioso e quando chegou a sua vez disse: “Vai professor! E mesmo nesse momento que o senhor parte para um eterno descanso, te pedem para descer as profundezas do inferno pra levar o recado desse ladrão, corno, viado e filho da puta”.

Não deu outra.

O tempo fechou ali mesmo no cemitério.

Essa historia é digna de sair na seção “Politica com Vatapá” na coluna Tempo Presente do Jornal A Tarde, assinada pelo meu amigo Levi Vasconcelos que tem o dom de contar historias melhor do que eu.

  • Valter Xéu é editor de Pátria Latina e Irã News

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