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quarta-feira, 27 março, 2024

Ação do MBL cai nas mãos de ministro do TSE que não concorda com candidatura de Lula

Jornal GGN – Caiu nas mãos de Admar Gonzaga a ação do MBL que pede que a candidatura de Lula seja censurada sem respeitar os prazos da Justiça Eleitoral. Gonzaga é o ministro do Tribunal Superior Eleitoral que já deu declarações à imprensa afirmando que um candidato sabidamente condenado em segunda instância não deveria disputar cargo público, que é o caso de Lula.
Ele não citou o nome do ex-presidente em sua declaração sobre a “inconveniência” dessa candidatura, mas desde que veio a público com sua visão, a imprensa passou a noticiar que o TSE estuda uma maneira de antecipar o julgamento do registro de Lula. A ideia é estragar a estratégia do PT, que tentará eleger Lula mesmo com o registro sub judice.
Pelo prazo da Justiça Eleitoral, Lula tem até 15 de agosto para pedir o registro de candidatura e, só a partir de então, é que pode exitir impugnação por parte do Ministério Público, de qualquer cidadão ou de outros partidos e candidatos interessados em barrar o ex-presidente nas urnas.
A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia já havia manifestado que sem essa provação, a Justiça Eleitoral não poderia fazer nada.
O pedido do MBL, em nome de Kim Kataguiri e Rubens Nunes, pede uma liminar para declarar Lula inelegível desde já. Além disso, pede que o petista seja censurado nas pesquisas eleitorais e em atos de campanho, com a retirada de seu nome.
Segundo o G1, Admar Gonzaga é o relator mas, até o final do recesso do Judiciário, a ministra Rosa Weber é a plantonista e pode analisar o pedido de liminar feito pelo MBL.
Na visão da defesa de Lula, o MBL fez um ato político e midiático ao tentar antecipar a censura ao ex-presidente. Na peça, o movimento anti-PT diz que é “flagrantemente imoral” a conceder tempo de rádio, TV e recursos de campanha para a candidatura do ex-presidente.
A estratégia do PT é de registrar a candidatura de Lula e judicializar a impugnação até as últimas consequências. Enquanto os recursos correm na Justiça, Lula seguiria fazendo campanha até a eleição. O partido, inclusive, faz um levantamento de mais de 140 casos de prefeitos que concorreram na mesma condição de Lula, ganharam a eleição e depois reverteram o indeferimento do registro e tomaram posse.

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