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sábado, 20 abril, 2024

Alto Comando Militar ratifica lealdade à Constituição e ao povo diante das provocações dos EUA

Caracas, AVN

A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) reiterou nesta sexta-feira seu pleno apego à Constituição da República, aprovada em referendo, e à vontade do povo venezuelano, diante das agressões promovidas pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson.

Em pronunciamento ao país ao lado de integrantes do alto comando militar, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, rechaçou as declarações ingerencistas do chefe da diplomacia dos EUA, que anunciou que  Washington “continuará fazendo pressão” contra a Venezuela.

“A Força Armada Nacional Bolivariana rechaça de maneira radical tão deploráveis declarações, que constituiem além disso um nefasto ato de ingerencismo. Também ratifica seu absoluto apego à Constituição e as leis do país”, afirma comunicado lido por Padrino López.

A posição do Estado Maior da FANB acontece em resposta às declarações de Tillerson, que na quinta-feira disse que a Casa Branca vai continuar pressionando o país e propôs a ideia de um golpe miliar contra o governo.

“Ao tratar de nos considerar como agentes da mudança, ignora por completo as históricas tradições libertárias da Força Armada Nacional Bolivariana, que em nenhum caso pode atuar para atentar contra as instituições do Estado e menos ainda contra o presidente eleito por vontade da maioria”, cita parte do texto.

Em referência às palavras de Tillerson de que o governo deve retomar à Constituição, a Fanb afirmou que tais afirmações são insólitas e absurdas porque são feitas depois de que o país viveu no ano passado três processos eleitorais e se prepara para as eleições presidenciais, o que evidencia “mais uma demonstração da disposição de buscar mecanismos constitucionais, democráticos e populares”.

“Ao referir-se à corrupção, parece não estar informado, ou talvez não interessa estar, sobre o titânico esforço que tem realizado a nova Procuradoria-Geral”, acrescentou.

Sobre a posição do subsecretário de que a Venezuela vivia antes um passado próspero, o Estado Maior questionou que o secretário de Estado dos EUA desconhece os grandes avanços sociais alcançados nos últimos 19 anos, entre os quais destaca o aumento do investimento social, que subiu de 39,1 % na chamada Quarta República a 74,1 %; a entrega de pensões para 3,5 milhões de venezuelanos e a construção de dois milhões de moradias.

Também denunciou o bloqueio econômico e financeiro dos Estados Unidos contra a nação, assim como “uma investida sem precedentes que o governo norte-americano, junto aos aliados internos e externos, executam contra a Venezuela”.

“Não voltarão jamais a se impor os tempos de ditadores formados na Escola das Américas. Não a tristemente célebre Estratégia de Contenção ou a criminosa Operação Côndor, que encheu de miséria e opressão a tantos povos da região”, ratificou.

Belicismo

Padrino explicou que Tillerson se distanciou dos parâmetros da diplomacia para entrar no campo bélico.

“O senhor desconhece (Tillerson) a realidade venezuelana, não se conforme o senhor com o que lhe dizem ou queira escutar. Nós não estamos ocultando problema algum. Há problemas, mas quem origina os problemas?, onde se origina?, que os induz?”, questinou o ministro da Defesa, acusando os EUA de orquestrar uma “franca intervenção, perseguição financeira, para gerar caos e anarquia”.

Padrino López rechaçou a acusação do funcionário estadunidense de que o governo venezuelano se distanciou da Constituição, e ratificou que o Estado e a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) “cumpre com os preceitos constitucionais e isso nos faz sentir orgulhosos”.

“Quando convida a FANB a derrubar um governo está faltando o respeito a uma instituição que se vale de seus princípios. Somos profundamente orgulhosos de ser herdeiros do Libertador, de suas glórias”, afirmou em resposta às declarações de Tillerson de que os militares venezuelanos poderiam derrubar o presidente constitucional da República, Nicolás Maduro.

O ministro da Defesa disse que as manobras de Washington fazem parte de uma guerra híbrida para derrubar o governo bolivariano.

Ele denunciou ainda que a ingerência se evidencia com o “inclemente bloqueio, o perverso bloqueio econômico, a perseguição financeira” que a nação tem estado submetida “no último trimestre (de 2017) e  neste mês de janeiro”.

Foto: Ricardo Herdénez, AVN

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