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sexta-feira, 29 março, 2024

As grandes datas do governo e da vida de Fidel

12/8/1926: Fidel Alejandro Castro Ruz nasce em Birán, no Leste de Cuba. Filho de imigrante espanhol e de uma camponesa cubana, é o terceiro filho de uma família de sete filhos. Cursou escola primária religiosa e, mais tarde, o colégio jesuíta de Santiago de Cuba e de Havana.
1945: Fidel entra para a faculdade de Direito da Universidade de Havana. Militante ativo da Federação Estudantil Universitária.
1947: Fidel participa da expedição lançada contra o ditador Rafael Leónidas Trujillo, na República Dominicana. A ação fracassa, mas Fidel consegue escapar.
1948: Em visita à Bolívia, participa de violentas manifestações provocadas pelo assassinato do líder populista Jorge Eliecer Gaitán. Entra para o Partido do Povo de Cuba (PCC, ortodoxo) que milita principalmente contra a corrupção governamental. Casa-se com Mirtha Díaz-Balart, mãe de Fidelito, único filho de Fidel conhecido publicamente.
1949: 1º setembro: nasce seu primeiro filho, “Fidelito”.
1950: Se forma em Direito.
1952: Protesta contra o golpe de Estado de Fulgêncio Batista apoiado pelos Estados Unidos. A ditadura estabelecida pela presidência de Batista foi marcada pela violência e pela repressão.
1953: Em 26 de julho, Fidel lança o ataque ao quartel Moncada, em Santiago de Cuba, segundo maior depósito de armas do regime de Batista. A operação foi um fracasso. Preso oito dias mais tarde, é condenado a 15 anos de prisão ao fim de um processo em que foi responsável pela própria defesa, conhecida como “A Historia me Absolverá”.
1955: Fidel é anistiado. Funda o Movimento Revolucionário 26 de julho (data do ataque a Moncada) Em julho, parte para o exílio no México, onde conhece o médico e amigo Ernesto Che Guevara.
1956: Em 2 de dezembro, desembarca no iate Granma, em Cuba com outros 81 homens. A expedição teve de enfrentar as tropas do governo em Alegria del Pio, nas proximidades de Sierra Maestra. Apenas 16 pessoas sobreviveram, entre elas Fidel, seu irmão Raul e Che Guevara. Finalmente, conseguem entrar em Sierra Maestra, onde iniciam o movimento guerrilheiro contra o regime que durou 25 anos.
1957: 16 fevereiro: conhece Celia Sánchez, mulher fundamental em sua vida.
1959: Vitória da guerrilha castrista em 1º de janeiro com a fuga de Batista. Fidel é nomeado comandante-em-chefe das Forças Armadas, mas exerce ao mesmo tempo o cargo de primeiro-ministro. A Reforma Agrária de maio desse ano ataca os latifundiários; fixa uma indenização aos proprietários antigos; cria o Instituto Nacional de Reforma Agrária, encarregado por melhorar a agricultura e redistribuir as terras confiscadas… Quase 90% das terras estavam nas mãos de proprietários norte-americanos. Mais tarde, confisca também dos Estados Unidos as indústrias que haviam se instalado em Cuba.
1960: Fidel pronuncia pela primeira vez a frase “Pátria ou Morte”. Restabelecimento das relações com a URSS: uma aliança estratégica que durou até 1991, até o fim da União Soviética.
1961: Os Estados Unidos rompem as relações diplomáticas com Cuba.
Conhece Dalia Soto del Valle, com quem teve cinco filhos e vive até hoje.
16 abril: proclama socialista a revolução.
17-19 abril: derrota uma invasão de 1.400 anticastristas na Baía dos Porcos.
1º dezembro: declara a revolução marxista-leninista.
1962: Em 22-28 de outubro protagoniza a “crise dos mísseis”.
1965: O até então Partido Unido da Revolução Socialista (PURS) passa a ser o Partido Comunista de Cuba. Fidel é eleito primeiro secretário.
1967: Em 9 de outubro: Ernesto Che Guevara, amigo e companheiro de Fidel, morre na selva boliviana.
1968: Em janeiro, denúncia de uma corrente pró-soviética no seio do PCC oposta à linha cubana (35 apparatchiks são condenados).
1975: Em novembro, Cuba participa abertamente da guerra da Angola.
1976: Em dezembro, Fidel é eleito presidente do Conselho de Estado, órgão supremo do executivo.
1979: Em setembro, Fidel é eleito presidente do Movimento de Países Não Alinhados na VI Cúpula de Havana.
1980: Em maio, no Porto de Mariel, mais de 120 mil cubanos (os Marielitos), autorizados a abandonar Cuba, partem para os Estados Unidos.
1985: Fidel Castro designa seu irmão como sucessor. Abandona o hábito de fumar. Até então, sua imagem era vinculada a uma pessoa barbuda, sempre de uniforme verde-oliva e com charuto na mão.
1988: Fidel Castro começa a se distanciar da URSS de Mikhail Gorbachov e critica severamente a Perestroika. Em 22 de dezembro, assina o tratado sobre a África meridional, em Nova York. O acordo contempla um calendário de retirada dos 50 mil soldados cubanos que ainda estavam em Angola.
1985: Em 6 de agosto, deixa de fumar os charutos “Cohiba”.
1989: Surge o lema “Marxismo-leninismo ou morte”. A partir dessa data, todos os discursos oficiais de Fidel se encerravam com a ideia de ‘Socialismo ou Morte”, seguida da já conhecida “Pátria ou morte, venceremos”. Em 13 de julho, a execução de quatro militares de alta patente, principalmente a do general Arnaldo Ochoa, herói das guerras da Etiópia e Angola, escandaliza o Exército e o povo cubano.
1990: “Período especial em tempo de paz”: regime de economia de guerra destinado a enfrentar o fim da ajuda soviética que a ilha recebia. Em fevereiro, Fidel põe fim ao multipartidarismo.
1991: Em abril, retirada do contingente militar cubano estacionado no Congo desde 1977. Em setembro, Fidel anuncia que jamais se aposentará da política. Em novembro, declara que “Cuba não está a venda”, mas está disposta a acolher os investimentos estrangeiros.
1992: Ofensiva diplomática para romper com o isolamento do país que se depara com uma profunda recessão econômica provocada pelo desaparecimento da URSS. Em julho, a Assembleia Nacional (Parlamento, unicameral) legaliza a criação de empresas mistas com investimentos estrangeiros e prevê a eleição de deputados por sufrágio universal. Ao mesmo tempo, a lei concede mais poderes ao chefe de Estado, que, a partir de então, pode decretar Estado de Emergência. Primeira visita oficial de Fidel a um país da Europa Ocidental para a II Cúpula Ibero-Americana, realizada em Madri.
1993: Para Fidel, “o ano mais difícil da Revolução”, quando ele promulga no dia de seu aniversário a legalização da posse de dólares em Cuba. Assim, ele confirma um processo de reformas econômicas bem controladas: “são concessões que temos de fazer, mas para salvar o socialismo”, justifica. Em 24 de fevereiro são realizadas as eleições legislativas nas províncias e 92,97% dos eleitores votam em candidatos únicos. Em 3 de julho, militares russos que estavam na ilha desde 1963 voltam para casa com suas famílias. Em 23 de dezembro, assinatura do acordo econômico russo-cubano.
1994: Giro pela África Meridional. Fidel assiste à posse de Nélson Mandela. Em 14 de junho, Fidel faz sua primeira aparição em público sem o uniforme verde-oliva na IV Cúpula Ibero-americana de Cartagena, na Colômbia. Em julho, milhares de cubanos embarcam em transportes precários rumo à Flórida para escapar de um país mergulhado em uma enorme crise econômica (a “crise dos balseiros”. Pela primeira vez na história do regime, centenas de manifestantes enfrentam policiais em Havana. Candidatos à emigração desviam embarcações. Fidel decide que não vai proteger as fronteiras de Cuba com os Estados Unidos e, assim, abre as “comportas para saiam os cubanos que quiserem”. O fluxo em massa de emigrantes (29 mil, no total) obriga Washington a renunciar à sua política de acolher os cubanos que praticava há 30 anos.
– Setembro: Havana e Washington chegam a um acordo sobre migração: os Estados Unidos repatriariam todos os cubanos ilegais em seu território com a condição de que Cuba não os punissem. Em troca, Washington concorda em conceder 20 mil vistos por ano aos cubanos que quiserem deixar seu país.
1995: Em março, pela primeira vez desde 1959, Fidel se apresenta em público de terno e gravata para uma cúpula organizada pelas Nações Unidas na Dinamarca. É recebido, depois, pelo presidente francês François Mitterrand com todas as honras de um chefe de Estado.
1996 – Em 24 de fevereiro, Washington acusa os caças cubanos de atacar em espaço aéreo internacional dois monomotores civis fretados por organizações anticastristas. Em 12 de março, o presidente norte-americano Bill Clinton assina a lei Helms-Burton que reforça o embargo comercial contra Cuba, medida que já havia sido fortalecida pela Lei Torricelli em 1992. Em 19 de novembro de 96, Fidel faz sua primeira visita ao Vaticano e conversa com o Papa João Paulo II. O líder cubano convida o Papa a visitar Cuba.
1997: Em julho, os restos mortais de Che Guevara são encontrados na Bolívia e levados a Cuba. Em agosto, autoridades cubanas desmentem boatos que surgiram em Miami sobre a internação e morte de Fidel. Em outubro, o V Congresso do PCC elege Fidel para o cargo de primeiro secretário e ele nomeia seu irmão Raul como sucessor. Em dezembro, em homenagem à visita do Papa João Paulo (21 a 25 de janeiro de 1998), Fidel anuncia que o 25 de dezembro será feriado em Cuba, três décadas depois do Natal ter sido excluído do calendário oficial cubano.
1998: Recebe o Papa João Paulo II em visita história a Cuba (21 a 26 de janeiro).
1999: Recebe Hugo Chávez em sua primeira visita como presidente (17 janeiro). Preside a Cúpula Ibero-Americana em Havana (15-16 novembro). Mobiliza Cuba pela volta do menino náufrago Elián González, disputado com a Flórida e devolvido à ilha sete meses depois (novembro).
2001: Sofre um desmaio em um ato público em Havana (23 de junho).
2002: Recebe o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter.
2003: Ordena a detenção de 75 opositores (18-20 março). Execução de três sequestradores de uma embarcação (11 de abril).
2004: Fratura o joelho esquerdo e braço direito ao cair depois de um discurso em Santa Clara (20 de outubro). Tira o dólar de circulação (8 de novembro).
2005: Sela aliança com Chávez com acordos da Alba (29 de abril).
2006: Evo Morales se soma à união de Fidel e Chávez (29 de abril). Anuncia que sofreu uma crise de saúde e delega o poder a seu irmão Raul Castro (31 de julho).
31 julho: cede o poder provisoriamente ao irmão Raul Castro, por crise de saúde.
2007
2 dezembro
: candidato a deputado
2008
19 fevereiro
: renuncia à presidência de Cuba após 19 meses de convalescença.

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