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quinta-feira, 28 março, 2024

Astrônomos russos traçam o maior mapa do Universo

Em contínua expansão, catálogo desenvolvido por especialistas da Universidade Estatal de Moscou já conta com cerca de 800 mil galáxias.
De Diana Petrenko, Anastassia Karagôdina, Gazeta Russa

O novo catálogo elaborado por astrônomos da Universidade Estatal de Moscou Lomonossov (MGU, na sigla em russo) inclui todas as galáxias conhecidas até agora e que estão localizadas a um raio de mais de 30 bilhões de anos-luz da Terra.

O projeto detalha cerca de 800 mil galáxias, sua composição estelar e brilho no espectro eletromagnético – do ultravioleta ao infravermelho. Também segundo os pesquisadores, o projeto só foi possível graças à aplicação de métodos de big data (grande conjunto de dados armazenados).

Intitulado The Reference Catalog of Galaxy SEDs, o catálogo é de acesso livre e oferece a análise mais detalhada e precisa já feita das linhas de emissão e suas formas.

Por enquanto, só estão reunidas as informações sobre galáxias próximas (segundo os padrões cosmológicos), isto é, aquelas cujo desvio para o vermelho (redução da frequência de radiação a medida que se afastam da Terra) não é superior a 0,3.

Embora ainda haja pouco dados sobre o Universo primitivo, os astrônomos planejam, em um futuro próximo, adicionar mais 300 a 400 galáxias ao catálogo.

Rosa, UGC 1810 e UGC 1813 (Imagem: Nasa, Esa)Rosa, UGC 1810 e UGC 1813 (Imagem: Nasa, Esa)

O disco da galáxia UGC 1810 da constelação de Andrômeda é visto deformado por forças de atração da galáxia vizinha em forma de rosa, a UGC 1813. O colar de pérolas azuis no topo se forma pelo acúmulo de estrelas jovens brilhantes e quentes.

Galáxia do Redemoinho, ou M51 (Imagem: Martin Pugh/NASA)Galáxia do Redemoinho, ou M51 (Imagem: Martin Pugh/NASA)

A galáxia do Redemoinho, ou M51, se encontra muito próxima de sua companheira NGC 5195. Devido à sua estrutura em espiral, parece que atrai toda a matéria para si, transformando a outra em um nó borrado e dando a impressão de um redemoinho.

M31 (Imagem: Lorenzo Comolli/Nasa)M31 (Imagem: Lorenzo Comolli/Nasa)

A galáxia enorme M31 é uma das mais próximas da Terra, razão pela qual é visível a olho nu. Segundo os cientistas, dentro de bilhões de anos, a M31 se chocará contra a Via Láctea e então engoli-la.

Galáxia da Roda de Carro (Imagem: ESA, NASA, Hubble)Galáxia da Roda de Carro (Imagem: ESA, NASA, Hubble)

Esta galáxia, conhecida como Roda de Carro, teria, segundo os cientistas,  sofrido uma colisão frontal com outra há cerca de 200 milhões, o que causou uma explosão poderosa. Esta onda deu origem à coroa de estrelas observada em torno de si.

M64 (Imagem: Michael Miller, Jimmy Walker/Nasa)M64 (Imagem: Michael Miller, Jimmy Walker/Nasa)

A estrutura da galáxia M 64 é composta por camadas visíveis de poeira atrás das quais suas estrelas estão escondidas.

Galáxia em anel Objeto de Hoag (Imagem: NASA/JPL-Caltech)Galáxia em anel Objeto de Hoag (Imagem: NASA/JPL-Caltech)

O Objeto de Hoag foi a primeira galáxia em anel descoberta, ainda em 1950. Mesmo assim, não há consenso sobre os processos que deram origem a tal estrutura. Uma das hipóteses sugere que os anéis surgiram como resultado da passagem de uma galáxia através do disco de outra.

M82 (Imagem: NASA, ESA)M82 (Imagem: NASA, ESA)

A М 82, também em forma de espiral, é vizinha da Via Láctea.

Galáxia do Sombrero, ou M104/NGC 4594 (Imagem: Giovanni Paglioli/NASA)Galáxia do Sombrero, ou M104/NGC 4594 (Imagem: Giovanni Paglioli/NASA)

A galáxia do Sombrero (M104) deve o seu nome à faixa escura de poeira que a divide em dois.

Galáxia NGC 3370 (Imagem: Nasa, Esa)Galáxia NGC 3370 (Imagem: Nasa, Esa)

No final de 1994, uma estrela da galáxia NGC 3370 explodiu com tanta força que, por alguns instantes, eclipsou bilhões de outros corpos celestes. A luz da explosão chegou à Terra.

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