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quinta-feira, 25 abril, 2024

Bachelet afirma que o Chile faz justiça com sua história

Santiago de Chile, (Prensa Latina) A ex-presidenta Michelle Bachelet afirmou que o Chile faz justiça com sua história, em referência à condenação de nove ex-militares pela tortura e o assassinato do singular artista Víctor Jara.

Atualmente, responsável pelo programa Aliança para a Saúde da Mãe, do Recém-Nascido e da Criança da Organização Mundial da Saúde (OMS), Bachelet manifestou-se em sua conta no Twitter sobre a sentença aos autores do crime de Jara.

‘Com a condenação de nove ex-militares responsáveis por seu assassinato há quase 45 anos, Víctor Jara canta com mais força que nunca e o Chile faz justiça com sua história’, ressaltou a duas vezes chefa de Estado do país austral.

Bachelet completou seu comentário ao assinalar que ‘só através da verdade, da justiça e da reparação se constrói a unidade que os chilenos/as tanto almejamos’.

Depois de vários anos de investigações, a justiça chilena sentenciou nove militares da reserva pelo homicídio do multifacetado artista chileno em 16 de setembro de 1973.

O cantor, diretor de teatro e professor, foi selvagemente torturado pela ditadura de Augusto Pinochet, que se voltou contra todas as pessoas que tivessem ideias de esquerda. Jara era militante do Partido Comunista.

Apoiou de maneira fervorosa o Governo da Unidade Popular de Salvador Allende até sua derrubada pelo golpe de Estado em 11 de setembro de 1973. Por essa razão, recebeu também 44 tiros dos militares.

Levado junto a outras cinco mil pessoas ao então Estádio Chile (que hoje tem seu nome), Víctor Jara foi brutalmente torturado ao ser reconhecido pelos militares golpistas.

O juiz Miguel Vázquez condenou Hugo Sánchez Marmonti, Raúl Jofré, Edwin Dimter Bianchi, Nelson Haase, Ernesto Bethke Wulf, Juan Jara Quintana, Hernán Chacón e Patricio Vásquez Donoso a 15 anos e um dia de prisão por sua responsabilidade.

Ao grupo foi decretada sentença como autores dos homicídios de Jara e do ex-diretor de prisões Littre Quiroga Carvajal.

Do mesmo modo, o tribunal emitiu penas de mais três anos de prisão pela responsabilidade dos autores também pelo sequestro de ambas vítimas.

Pelo mesmo caso, que deixou o Chile sem o emblemático compositor de ‘El derecho de vivir en paz’ e ‘Te recuerdo Amanda’, o oficial Rolando Melo Silva foi sentenciado a cinco anos e um dia de prisão por sua responsabilidade em encobrir ambos homicídios.

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