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sexta-feira, 29 março, 2024

Banqueiros felizes. Temer detona o BB

Por Altamiro Borges
Os capitalistas adoram falar em “livre mercado”, mas detestam a concorrência. Pior ainda se ela vier do setor público, que ajuda a regular minimamente os abusos do demoníaco “deus-mercado”. Neste sentido, a decisão do usurpador Michel Temer de esvaziar o Banco do Brasil é motivo de festança para os avarentos banqueiros. Eles orquestraram e financiaram o “golpe dos corruptos” e agora são generosamente recompensados. Com o BB fragilizado, a meia dúzia de oligarcas do setor financeiro ganha ainda mais força no Brasil, que já é considerado um paraíso dos banqueiros no mundo.
A decisão de fechar agências e de dispensar milhares de funcionários prejudica o desenvolvimento do país, penaliza a população – principalmente a que depende de crédito barato – e golpeia os bancários. Até os “coxinhas do BB”, que apoiaram o “golpe dos corruptos”, já devem estar arrependidos da sua baita cagada. Segundo a mídia rentista, o chamado “plano de reestruturação” prevê o fechamento de 781 agências das 5.430 existentes – o equivalente a 14% do total. Dos pontos fechados, 379 serão convertidos em postos de atendimentos, versão menor e mais precária de servir ao cliente. As outras 402 serão desativadas, somando-se a outras 51 agências que começaram a ser fechadas em outubro.
Em um comunicado mentiroso à sociedade, a direção golpista do BB alegou que a reestruturação não prejudicará o atendimento aos clientes e nem comprometerá a presença da instituição nos municípios do interior. Com sua visão neoliberal, que tanto beneficia os rentistas, ela também argumentou que a reformulação deverá gerar uma economia de R$ 750 milhões, sendo R$ 450 milhões com a sua nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões com redução de gastos em segurança e despesas com os imóveis. Nesta economia desumana, ela incluiu a dispensa de 10 mil dos atuais 109 mil bancários da instituição, que será feita através de um programa de incentivo à aposentadoria. Os “voluntários” terão até 9 de dezembro para aderir ao plano. Do contrário, medidas mais drásticas serão tomadas!
Bradesco, Itaú, Santander e outros bancos privados agradecem o presentão de final do ano!

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