Biólogo japonês ganha prêmio Nobel de medicina

Ohsumi demonstrou em suas investigações como as células eliminam proteínas deficientes ou degradam as desnecessárias para produzir energia, um mecanismo conhecido como autofagia, que é comum em todos os organismos com células nucleadas, comentou em um comunicado a entidade sueca.

A descoberta poderia contribuir com o desenvolvimento de tratamentos preventivos ou curas contra a diabetes, o câncer e doenças neurológicas como o Parkinson, pois se constatou que esses procedimentos celulares não funcionam corretamente em pessoas com esses transtornos, apontou.

O referido conceito é conhecido há mais de 50 anos, mas sua importância fundamental na fisiologia e na medicina foi reconhecida após uma investigação desenvolvida pelo cientista japonês em 1990 sobre as mudanças dos paradigmas celulares. Suas descobertas abriram o caminho para o entendimento de muitos processos fisiológicos, como a adaptação à inanição ou a resposta à infecção’, acrescentou o comunicado.

Os meios japoneses destacaram a trajetória do notável pesquisador que nasceu em 1945 em Fukuoka, Japão, e na atualidade é professor no Instituto de Tecnologia de Tóquio, a capital.

O prêmio de Fisiologia ou Medicina é o primeiro dos prêmios Nobel outorgados a cada ano, e no ano passado foi compartilhado por três cientistas que desenvolveram tratamentos para a malária e outras doenças tropicais.

Esse reconhecimento internacional foi instituído em 1895 como última vontade do industrial sueco Alfred Nobel para reconhecer pessoas ou instituições que se destaquem com investigações, descobertas ou contribuições notáveis à humanidade.

Ademais, começou a ser entregue em 1901 nas categorias de Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz, e a partir de 1968 estabeleceu-se também o Prêmio em Ciências Econômica.