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terça-feira, 19 março, 2024

Brasil: pátria ultrajada

Sergio Jones*
Podemos encontrar definições muito amplas sobre o termo honra.  O que poderíamos definir, a priori, como uma qualidade que todos temos quando nascemos e que é aprimorada pela educação e pela convivência social. No entanto essa definição nos parece simplória se levarmos em consideração o quanto ela se tornou obsoleta na sociedade atual, especialmente nos países capitalistas. No momento em que precisamos consultar a legislação e a doutrina para entender o que é honra já se dilui o próprio conceito. Um homem honrado possui duas qualidades básicas: ele é digno e é honesto, qualidades estas que não se aplicam a nossa realidade, nestes rincões chamado Brasil.
Parafraseando o ex-primeiro ministro britânico Winston Churchiil: Nunca antes no campo político brasileiro, tantos deveram tanto a tão poucos. As relações institucionais chegaram a um nível de descrédito que conduziu o país a um paroxismo atroz. As ações praticadas por pseudos políticos, empresários e outras castas dirigentes da nação caíram em completo descrédito popular, se é que em algum momento de nossa história, eles tiveram algum.
Nada é tão ruim que não possa ficar pior. A atitude recente, deste arremedo de Presidente da República, Michel Temer, tenta através de artifícios jurídicos justificar seus atos criminosos e indignos que atentam diretamente contra a dignidade do povo brasileiro. Esta é mais uma prova cabal que nos induz a acreditar, em alguns momentos, que tais atitudes deletérias só serão saneadas com a plena extinção da raça humana. Para que se possa promover à plena e desejável higienização do planeta terra. Claro que não defendo esta tese tão radical.
Também se formos aplicar o princípio da igualdade e da isonomia em que consiste que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza em relação aos seres humanos, como estabelecer diferença entre Marcola, Fernandinho Beira-Mar e uma parcela de nossos dirigentes políticos? Os primeiros se assumem como bandidos e infratores da lei. Enquanto os outros se dizem probos e defensores da ordem, da justiça e da lei. Se fossemos obrigados a fazer uma escolha Salomônico, entre estas modalidades de crimes, quais as práticas que poderíamos considerar mais prejudiciais à nação? Sem dúvidas, não fazendo esta segunda opção. Chegamos ao fundo do poço. Ou a sociedade elimina, de uma vez por todas, este tipo de protozoário político que infesta o frágil tecido social que reveste a nação, ou eles eliminam moralmente e fisicamente o Brasil.
*Sérgio Jones é jornalista

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