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quinta-feira, 28 março, 2024

Diálogo político e social marca agenda da Venezuela para preservar a paz

Foto: Ricardo Herdenez, AVN
Caracas.  AVN.- O Executivo mantém o caminho aberto para o diálogo com setores da oposição, que insistem em não participar do debate com uma agenda comum, e com todos os setores sociais, através da Assembleia Nacional Constituinte, afirmou nesta quinta-feira o presidente da República, Nicolás Maduro.
Em coletiva de imprensa no Palácio de Miraflores, o chefe de Estado ratificou a disposição de estabelecer um diálogo com a oposição a partir de uma agenda que promova a paz e a estabilidade do país.
“Mantenho contatos com a oposição mas são reuniões secretas, mas eu quero que tenhamos um diálogo com agenda, é necessário para a paz do país”, disse Maduro, acrescentando que propôs como primeiro ponto “que desmobilizem seus grupos da praça Altamira (Chacao) e deixem de levar crianças para seus protestos”.
O presidente venezuelano explicou que porta-vozes da chamada Mesa da Unidade (MUD) estavam preparados na última segunda-feira para divulgar um comunicado chamando uma insurreição no país, acreditando que a 47º Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovaria uma resolução para intervir na Venezuela.
“Vejam o perigo da intervenção era uma etapa para queimar, para instigar mais intolerância, ódio e eles (oposição) se surpreenderam quando lhes disseram que não havia resolução”, contou.
Nesse dia, três efetivos da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) atiraram em um grupo de manifestantes em Altamira, entre os quais estava Fabián Urbina, que foi assassinado em meio a esta situação.
O fato, explicou o chefe de Estado, está sendo investigado como uma possível conspiração.
Maduro também instou a fiscal geral, Luisa Ortega Díaz, a recuperar o equilíbrio no exercício de suas funções, e assim garantir o pleno acesso à justiça diante da ação de setores que estimulam a violência no país.
O diálogo social
A Assembleia Nacional Constituinte vai se manter em diálogo com todos os setores sociais, para estabelecer mecanismos que respondam aos desafios políticos, sociais e econômicos que o país enfrenta após 18 anos de transformações.
Um dos aspectos é a economia, afetada desde 2013 por uma guerra não convencional realizada pela direita que, junto à espiral de violência em ação desde abril, têm afetado os recentes avanços como a recuperação do aparelho produtivo alcançado no primeiro trimestre de 2017.
“Eu tenho uma grande esperança que a Assembleia Nacional Constituinte com todo seu poder plenipotenciário, originário venha a destravar e acabar com todas as máfias que atacam a economia, que atacam a sociedade e que no final atacam o cidadão, a cidadã”, manifestou Maduro, acrescentando que neste cenário se mantém a proteção social através de mecanismos como os Comitês Locais de Abastecimento e Produção (Clap).
Um país ante o intervencionismo
O chefe de Estado denunciou a campanha midiática contra a Venezuela realizada pela grande mídia tutelada pelo império dos Estados Unidos. No entanto, destacou que o país bolivariano continua conquistando vitórias no exterior, como a derrota de agentes pró-imperiais na 47º Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos, e o sucesso alcançado nesta quarta-feira no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra, que reconheceu a política de paz do Estado venezuelano.
Maduro afirmou que esta grande vitória moral abre o caminho à paz, ao respeito, à estabilidade da Venezuela, “porque a América Latina necessita uma Venezuela estável, em paz, sólida, para que contribua com a estabilidade, o desenvolvimento, e a paz de toda a região porque a Venezuela é esperança para muitos no mundo”.

 

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