- Brasília, (Prensa Latina) A medida, decidida pela comunidade que reúne 28 países do velho continente, afetará de modo particular à BRF S.A., uma das maiores companhias de alimentos do mundo, com mais de 30 marcas em seu portfólio, pois várias de suas unidades figuram entre as que sofrerão a restrição.
Assinalou também que a decisão da UE atinge somente às unidades localizadas no Brasil e não às demais instalações localizadas fora do país e que exportam para o mercado europeu.
As fábricas da BRF que se verão afetadas se localizam nos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul.
A decisão da UE de restringir as importações de produtos de origem animal é resultado da Operação Carne Fraca, iniciada em março do ano passado e que investiga a concessão de certificados adulterados, bem como outras irregularidades cometidas por frigoríficos de grandes companhias brasileiras.
Com a entrada em vigor dos novos impedimentos, a situação da indústria de carnes do Brasil poderá atravessar por momentos mais difíceis que os já vividos no passado mês de abril.
Segundo dados do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nesse período as exportações de carne registraram uma queda de 11,9 por cento em relação ao mesmo mês de 2017.
No caso da carne de porco, o decréscimo nos embarques foi de 28,6 por cento devido, sobretudo, ao embargo russo ao produto brasileiro, enquanto as vendas de carne de frango caíram 12,3 por cento.
Durante o primeiro quadrimestre do ano, as exportações de carnes sofreram uma redução de 3,5 por cento em relação a igual etapa de 2017, com quedas pronunciadas nos casos do porco (22,3 por cento) e do frango (11,6).