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quinta-feira, 28 março, 2024

Equador: chanceleres definem agenda de reunião de cúpula

 

Quito, (Prensa Latina) Os chanceleres da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) reúnem-se nesta terça (26) no Equador para discutir a agenda da reunião de cúpula presidencial de manhã, e as declarações que submeterão a consideração dos governantes.

O encontro, que terá lugar na sede da União de Nações Sul-americanas na chamada Cidade Metade do Mundo, ao norte de Quito, será inaugurado pelo chanceler anfitrião, Ricardo Patiño.

Previamente ao encontro dos ministros de Relações Exteriores das 33 nações que formam a Celac, se reunirão os titulares do quarteto integrado por Costa Rica, em sua qualidade de anterior presidente interino, Equador, que ocupa esse cargo, República Dominicana, que o assumirá neste ano, e Barbados, em representação do Caribe anglófono. Entre os temas que se negociarão nesta terça-feira estão a declaração política da IV reunião de cúpula, o Plano de Ação 2016 e os documentos especiais propostos por vários países.

Na segunda (25), em declarações a uma televisora local, Patiño adiantou que no encontro que agrupa a todas as nações do continente americano, exceto Estados Unidos e Canadá, também se abordará o atual processo de paz entre as guerrilheiras Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o governo que encabeça o presidente Juan Manuel Santos.

Segundo o chefe da diplomacia equatoriana, as autoridades haitianas solicitaram também que se discuta a crise eleitoral surgida nesse país caribenho, depois de que o candidato opositor Jude Celestin se negou a participar no segundo turno previsto para o domingo passado.

O vice-ministro de Relações Exteriores de Cuba Abelardo Moreno, que representa a ilha caribenha na reunião de coordenadores nacionais que durante dois dias delineou todos os documentos que serão discutidos nesta terça-feira, considerou, por sua vez, que o encontro do Equador deve contribuir a fortalecer o bloco regional.

O desafio da reunião de cúpula será continuar fortalecendo a Celac, não só a preservar, declarou Moreno à Prensa Latina.

De acordo com o servidor público cubano, entre as declarações especiais que se apresentarão à aprovação dos mandatários destacam um chamado aos Estados Unidos para que levante o bloqueio unilateral imposto a Cuba há mais de cinco décadas, e para que devolva ao Estado cubano o território da base naval de Guantánamo.

No tema da migração, terá uma declaração de rejeição às tentativas de alguns países de estabelecer políticas de seleção de migrantes de acordo com sua nação de origem, que alude à chamada Lei de Ajuste Cubano, uma legislação norte-americana que privilegia aos cidadãos da ilha caribenha que solicitam asilo nos Estados Unidos.

Também se proporá uma condenação ao terrorismo, e que se ratifique a soberania argentina sobre as ilhas Malvinas, e o direito de Porto Rico a sua independência, entre outras declarações especiais.

O tema central da IV reunião de cúpula da Celac será, no entanto, a consolidação da chamada Agenda 2020 adotada no ano passado em Costa Rica, e cujos cinco eixos principais são: erradicação da pobreza extrema e a desigualdade, educação, ciência e tecnologia, a luta contra a mudança climática, infraestrutura, e o financiamento para o desenvolvimento

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