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quinta-feira, 28 março, 2024

Fortaleza: Jornalistas são agredidas em comitê de Bolsonaro

Aumentam os casos de violência com perfil de motivação política envolvendo militantes do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no Ceará. Depois de uma universitária estuprada na Unifor na última semana e o assassinato de um eleitor de Fernando Haddad que participava de uma carreata em Pacajus, duas jornalistas sofreram agressões enquanto trabalhavam na cobertura da festa dos apoiadores na capital cearense. 
As duas jornalistas, que trabalham no jornal O Povo e no Sistema Verdes Mares (TV afiliada da Globo no Ceará), sofreram agressões físicas e verbais na noite do último domingo (28). Elas estavam no comitê de Bolsonaro no Ceará, localizado na avenida Antônio Sales.

A repórter do O Povo foi derrubada de cima de um equipamento de som da organização e teve os dedos feridos. Ela teria dito ainda que foi agarrada pelo rosto, agredida verbalmente e ter assediada por militantes. Já a jornalista a Verdes Mares ouviu ataques verbais e o carro da emissora foi apedrejado.

Repúdio 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas(FENAJ) já se manifestaram condenando os atos. “Repudiamos as agressões cometidas por partidários e eleitores de Jair Bolsonaro a repórteres do O Povo e da TV Verdes Mares durante a cobertura da comemoração pela vitória do candidato eleito do PSL, em Fortaleza, na noite deste domingo. Como haviam alertado as entidades, Jair Bolsonaro e seus correligionários não têm apreço sequer à democracia, muito menos às instituições democráticas, incluindo a imprensa. Lamentavelmente, duas jornalistas foram ameaçadas e agredidas no momento de seu exercício profissional dentro do espaço organizado pelo PSL. O Sindjorce e a FENAJ exigem apuração e punição dos agressores. A violência contra os jornalistas é um atentado à democracia. Não nos calaremos!”

De Fortaleza,
Carolina Campos 

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