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quinta-feira, 18 abril, 2024

JBS sob tutela dos EUA: Brasil sofreu nova intervenção externa

Beto Almeida
O Brasil sofreu uma intervenção externa com estas denúncias de um empresário que está sob tutela do Departamento de Estado dos EUA. A Globo é instrumento desta intervenção e o roteiro pressupõe afastamento de Temer e do baixo clero para que assumam os cardeais do golpismo, já que tanto Temer como Cunha, já foram utilizados e  se transformaram em inservíveis, incômodos, descartáveis.
As denúncias detalhadas, com roteiro novelesco, duplicando o tempo do noticiário,
indicam todo um procedimento de há muito utilizado pela CIA, que trouxe o empresário de lá, organizou a denúncia e assegurou sua volta, com vídeo de seu embarque no aeroporto sendo  liberado apenas dois dias depois que ele havia viajado. Tem cidadania americana, boa parte das operações da empresa,  a maior do mundo no ramo, já foram cuidadosamente transferidas para lá, para que não se repita o da Odebrecht, com executivos presos, projetos paralisados, multas exorbitantes e , sobretudo a demolição de projetos nas áreas de infraestrutura , inclusive e especialmente, na área de defesa.
Não se excluem ações de eliminação física, como, aliás, o filho do Ministro Teori Zavasky admite que tenha sido a explicação para o destino de seu pai, ou como o um senador teria ameaçado calar um delator antes que falasse.
O JBS está sob tutela do Departamento de Estado dos EUA, mas o roteiro inclui emplacar um cardeal mais diretamente vinculado aos interesses externos, perfil que pode ser muito bem preenchido pelo goiano que já foi presidente do Banco de Boston e presidente do Conselho de Administração da JBS, empresa que vai deixando de ser brasileira para passar a ser controlada, estrategicamente, pelo capitalismo mais beneficiado pelo golpe que afastou Dilma.
Nesta nova fase do golpe, em que tentarão impor uma eleição indireta pela via de um congresso cujos membros têm seus passos todos controlados pelos mesmos cardeais do golpismo, recomenda-se o abandono de todo tipo de sectarismo, com forte construção unitária, a exemplo do que ocorreu na Greve Geral, superando-se diferenças de segundo plano para se alcançar  o êxito do movimento.  Agora, uma ampla frente de setores que  sustentam as Diretas Já deve ser buscada, também sem sectarismo. Em reforço a este argumento, vale lembrar que na Campanha das Diretas Já, em 1984, embora tivéssemos milhões nas ruas e uma unidade incluindo Lula, Brizola, Ulisses, Tancredo, Montoro, Arraes, sindicatos, igreja, estudantes, artistas, ainda assim, a bandeira que  agora volta com toda força,  foi derrotada. Sem unidade, descartando qualquer tipo de sectarismo, não será possível exercer uma pressão democrática insuportável sobre o Congresso e, assim,  recuperar a soberania do voto popular, pré-condição para a reconquista da  soberania do país, hoje sob intervenção externa!
Beto Almeida

Foto: Reprodução

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