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quinta-feira, 28 março, 2024

Maduro denuncia que os EUA retomaram o caminho da agressão contra Venezuela

Lucía Berbeo

Adital

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou que Washington “retomou o caminho da agressão” contra a nação sul-americana, por meio da reativação das declarações diárias contra o país, por parte do chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, Jhon Kelly.

Em contato com o canal de televisão do Estado, o mandatário indicou que “o general Kelly se acha pró-consul destas terras, e os EU reativaram toda a sua conspiração, o Pentágono, através do Comando Sul, contra o governo legítimo que eu presido e contra as eleições de 06 de dezembro de 2015”.

Ao mesmo tempo, denunciou que o Pentágono e o Comando Sul teriam um plano para tratar de gerar violência e intervir no país.

Chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, Jhon Kelly, estaria fazendo declarações diárias contra a Venezuela.

“Eles não falam por falar, dão ordens aos seus agentes diretos e infiltrados, neste caso à direita venezuelana, de desconhecer os resultados, de sabotar o processo eleitoral, o sistema elétrico, de implodir a Venezuela, de criar problemas para o povo”, expressou Maduro.

Recentemente, Kelly manifestou a um canal norte-americano sobre uma suposta crise humanitária na nação, aliado a isto estão monitorando o sistema econômico venezuelano.

Ante esse panorama, Maduro disse que o processo revolucionário, liderado pelo comandante Hugo Chávez, não permitirá a sabotagem da direita sob nenhuma circunstância, é por isto que “não poderão desaparecer o sonho, a esperança, a realidade, que somos hoje por hoje, nós, os chavistas”.

A Venezuela, que tem mais de 30 milhões de habitantes, terá eleições parlamentares no próximo dia 06 de dezembro, com a finalidade de renovar todos os quadros da Assembleia Nacional, serão os comícios mais transcendentais, nos quais serão medidas as forças políticas entre oposição e oficialismo.

É por isso que a América do Norte não descarta ampliar as sanções que impôs no último mês de março contra funcionários venezuelanos “se é necessário”, e as eleições legislativas de dezembro serão chaves nessa determinação, disse o conselheiro do Departamento de Estado estadunidense Thomas Shannon.

O representante, que manteve diversos encontros com autoridades de Caracas, para melhorar as relações diplomáticas, pontuou que prosseguirá com o desenvolvimento das eleições legislativas que serão realizadas em breve.

“O grau em que as eleições são percebidas como livres e a recontagem de votos como válida, vai ser uma parte muito importante de como gerimos o próximo passo na relação”, assegurou Shannon.

Washington e Caracas entraram em uma crise, em março último, depois de que o presidente Barack Obama declarou a Venezuela como uma ameaça extraordinária para a segurança nacional, e decidiu congelar os bens de sete funcionários venezuelanos assinalados por supostas violações aos direitos humanos e corrupção. Apesar das tensas relações, ambos os países mantêm um forte intercâmbio comercial.

(*) A autora é jornalista venezuelana, analista política e colaboradora para este meio de informação.

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