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sexta-feira, 19 abril, 2024

Milhares saem às ruas contra o impeachment de Dilma Rousseff

Em São Paulo, cerca de 50 mil manifestantes reuniram-se na Praça da Sé, no centro da capital

Organizados pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, atos aconteceram em 25 capitais

por Redação — Carta Capital

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Fotos Publicas

Milhares de pessoas foram às ruas de 25 capitais e 31 cidades brasileiras nesta quinta-feira 31 nos atos em defesa da democracia e contra o impeachment de Dilma Rousseff, convocados pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. Responsáveis por reunir mais de 60 movimentos sociais e sindicatos, as entidades também protestaram contra o ajuste fiscal e a reforma da Previdência.

Batizada de “Em Defesa da Democracia, Golpe Nunca Mais”, a manifestação em São Paulo arregimentou entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União da Juventude Socialista (UJS) e a Marcha Mundial das Mulheres. Os organizadores estimam que cerca de 50 mil manifestantes reuniram-se na Praça da Sé, no centro de São Paulo.
Manifestação contra o impeachment de Dilma Rousseff em São Paulo

Manifestação contra o impeachment de Dilma Rousseff em São Paulo
Ato em São Paulo reuniu 50 mil na Praça da Sé, no centro de São Paulo
A vice-prefeita Nádia Campeão e o secretário de Direitos Humanos da prefeitura, Eduardo Suplicy, compareceram à manifestação. A Polícia Militar afirmou que 18 mil estiveram presente no horário de pico do ato. Já o Datafolha estimou em 40 mil o número de pessoas que aderiram à manifestação.

“No Brasil e no exterior crescem as manifestações contra o golpe e em defesa da democracia. Porque fica cada vez mais claro que tirar a Dilma vai piorar a situação do país. Temos que garantir a democracia, a estabilidade e a governabilidade para mudar a política econômica e sair da crise”, afirmou Rui Falcão, presidente do PT.
Protesto em Brasília contra o impeachment de Dilma
Ato organizado pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular levaram 100 mil pessoas à Esplanada dos Ministérios

Protesto em Brasília contra o impeachment de Dilma
Em Brasília, ato considerado mais importante pelos organizadores, a passeata contra o processo de impeachment centrou-se em críticas à figura do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ambos do PMDB. Vagner Freitas, presidente da CUT, disse que a central sindical é contra o impeachment, mas cobrou mudanças na agenda econômica do governo em prol dos trabalhadores.

Em geral crítico às políticas do PT, o presidente do Psol, Luiz Araújo, também se posicionou contra o impeachment, ressaltando, porém, que não está nas ruas por Dilma, mas sim pelos “trabalhadores que vão sofrer se houver golpe”.

Cerca de 100 mil compareceram ao ato na Esplanada dos Ministérios, nas contas dos organizadores. Já a Secretaria de Segurança Pública estimou o contingente em 40 mil.

Chico Buarque foi a estrela do ato no Rio de Janeiro, onde discursou e classificou o processo de impeachment como golpe. “Estamos unidos pela defesa intransigente da democracia. Estou vendo pessoas aqui que viveram como eu aquele 31 de março de 1964”, afirmou.

“Não podemos deixar que isso se repita. Não vai ter golpe!”. A Frente Brasil Popular calculou que 50 mil reuniram-se no Largo Carioca, no centro do Rio. A PM não fez estimativas quanto ao público.
Na capital de Minas Gerais, cerca de 20 mil pessoas (nas contas dos organizadores) reuniram-se na Praça da Estação, onde também acontecem apresentações musicais. O mesmo número de manifestantes reuniram-se no centro de Porto Alegre e em Recife, segundo os organizadores. Na capital paraense Belém, as entidades divulgaram que 30 mil participaram do ato.
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