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quinta-feira, 28 março, 2024

Ministros de Relações Exteriores discutem em Viena o conflito sírio

Viena, (Prensa Latina) Os ministros de Relações Exteriores de uma dezena de países, incluídos Estados Unidos e Rússia, organizam em Viena a conferência multilateral que discutirá uma solução ao conflito na Síria.

O secretário norte-americano de Estado, John Kerry, já se reuniu aqui com o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura; e com seu homológo austríaco e anfitrião do encontro, Sebastian Kurz.

Kerry deve conversar com o titular iraniano de Relações Exteriores, Mahmud Yaved Zarif, com quem abordaria o acordo sobre a transparência do programa nuclear desse estado persa, comenta a televisão capitalina.

O ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, também viajou a esta cidade, em meio à rejeição da chancelaria de seu país a advertências do Ocidente sobre um possível fracasso da conferência internacional vienense.

Participam também da reunião os ministros de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius; do Reino Unido, Philip Hammond; da Alemanha, Frank Walter Steinmeier; da Turquia, Feridum Sinrlioglu; e da Arábia Saudita, Abdel ao Jubair.

No encontro de amanhã também participarão representantes da China, Iraque, Líbano, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar, Egito e a chefa da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

Desde finais de setembro passado, a Rússia realiza ataques aéreos contra o movimento terrorista Estado Islâmico (EI), atendendo a uma solicitação do governo do presidente Bashar Al Assad, que visitou Moscou na semana passada.

O Irã respalda com informação e equipamentos o exército sírio em sua luta contra formações terroristas como o EI e a Frente al Nusra, vinculado à rede Al Qaeda.

No entanto, os Estados Unidos, França, Reino Unido e em parte a Alemanha consideram necessário respaldar os grupos que consideram ser uma oposição moderada com fornecimento de armamentos, os quais em muitos casos são entregues por estes aos extremistas.

A conferência internacional de amanhã buscará uma solução política ao conflito citado, para o qual Moscou critica a intenção de deixar fora de um processo de transição o presidente Al Assad, como exigem vários países árabes e as potências ocidentais.

Meios de imprensa consideram que os resultados tangíveis da ofensiva aérea russa contra o EI em apenas poucas semana levaram o Ocidente a discutir com mais celeridade a solução ao diferendo sírio e a incluir no debate nações essenciais como o Irã.

A Turquia, interessada em conseguir a derrubada de Assad, é acusada por este de treinar, em acampamentos dessa nação, os grupos armados que depois combatem contra o exército sírio.

Após um ano dos anunciados bombardeios da coalizão internacional, liderada por Washington, contra o EI, este grupo ocupou a metade do território sírio, enquanto que perdeu quase 40 por cento de sua capacidade combativa em poucas semanas de ataques russos.

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