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terça-feira, 16 abril, 2024

MP recusou delação do Palocci, mas negociou redução de pena

Na coluna na Folha, Mônica Bergamo anota a decisão no mínimo contraditória, para não dizer esdrúxula, dos procuradores da Lava Jato.

Apesar de recusarem fazer acordo de delação premiada com Palocci por não ter provas e classificar as informações dele como “fofoca de Brasília”, os justiceiros da PGR estranhamente negociaram a redução da pena do bandido confesso.

Ora, se o MP não encontrou fundamentos para fechar acordo com Palocci, como poderia posteriormente conceder fartos benefícios ao criminoso com base em 1 negociação que não deveria ter sido feita?

Segundo Fachin, essa gente pode manipular, interpretar e aplicar a lei de acordo com procedimentos heterodoxos, se for o meio eficaz para alcançar a “finalidade legítima” de prejudicar Lula.

A matéria da coluna da Mônica Bergamo:

MUITO ESTRANHO 

A recusa do MPF (Ministério Público Federal) em firmar acordo de colaboração com Antônio Palocci é considerada “preocupante” pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Ele escreveu isso no voto em que concedeu liberdade ao ex-ministro, na semana passada.

NARIZ 

Ao bater com a cara na porta no MPF, Palocci procurou a Polícia Federal e fez a delação, homologada por Gebran em junho.

NARIZ 2 

Um dos procuradores, Carlos Fernando dos Santos Lima, chegou a classificar a proposta de colaboração de Palocci de ‘acordo do fim da picada’: ele não teria contado nada de novo nem apresentava “provas suficientes” do que dizia.

POSITIVO 

Gebran observa que, mesmo se opondo, o MPF acabou pedindo redução de pena para Palocci, o que revelaria ‘a anuência, ainda que tácita, com os termos’ da delação”.

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