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sexta-feira, 29 março, 2024

MST recebe solidariedade internacional de organizações e militantes

Movimentos populares de diversas partes do mundo e militantes sociais manifestaram solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pela ação policial truculenta a qual o movimento foi alvo nesta sexta-feira (4).
A operação da polícia– batizada de “Castra” – envolveu três estados, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, e teve como principal objetivo prender e criminalizar as lideranças dos Acampamentos Dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Luta pela Terra, militantes assentados da região central do Paraná.
Argentina

O Movimento Popular Pátria Grande cobrou do governo brasileiro e das instituições do país a aplicação de medidas necessárias que respeitem os direitos humanos e democráticos. “A criminalização dos movimentos sociais é uma das consequências do golpe de estado no Brasil. O que ocorreu hoje na ENFF, em Guararema (SP), e os ataques ao MST em outros estados são exemplos disso”.
O Movimento Projeto Popular repudiou a escala da perseguição a movimentos sociais na América Latina, sobretudo, onde ascenderam governos conservadores e golpistas. “Buscam estigmatizar, atacar e perseguir a militância popular que enfrenta os governos neoliberais, golpistas e anti-populares. Lutar é um direito”.
Colômbia

O Marcha Patriótica, da Colômbia, também associou a ação que busca criminalizar o MST ao golpe no Brasil que retirou do poder Dilma Rousseff. Segundo a nota do movimento, essas ações “retomam velhas táticas de terrorismo de Estado, ao perseguir, criminalizar e prender dirigentes de movimentos populares, principais opositores das políticas neoliberais que estes governos golpistas pretendem voltar a implementar”.
A Coordenação Nacional Agrária da Colômbia (CNA) também cobrou do governo brasileiro respeito aos direitos políticos da militância no Brasil, assim como a liberdade a organização social.
México

O Movimento de Libertação Nacional (MLN), do México, destacou o papel do MST da luta popular. “É um movimento que luta pela democratização do acesso à terra no país e a ação desmedida da polícia lesiona os direitos constitucionais e democráticos”, diz o texto.
Venezuela

Para os venezuelanos da Corrente Revolucionária Bolívia e Zamora, o ataque à Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), um dos alvos da ação policial, não é casual. “Um espaço emblemático dos movimentos populares, lugar de encontro, formação e articulação dos que impulsionam as lutas em diversas partes do mundo”, apontam.
A Coordenação Latino-americana de Organizações do Campo (Cloc) – Via Campesina repudiou a ação policial, sobretudo diante da atuação legítima do movimento. “O MST não só tem a ousadia de lutar pela democratização da terra no Brasil, mas também contagiou as esperanças de um amanhã diferente para os povos da nossa Pátria Grande e no mundo inteiro”.
Redes sociais

Pela internet, o MST recebeu manifestações pessoais de militantes sociais de diversas partes do mundo. Venezuela, Bolívia, Equador, Costa Rica foram alguma das localidades que se mobilizaram em defesa da legitimidade da atuação do Movimento Sem Terra. Com a hashtag #LutarÉUmDireito, a mensagem de apoio ao movimento foi replicada milhares de vezes pelas redes sociais e ficou entre as mais compartilhadas no Twitter nesta sexta.
Fonte: MST

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