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quinta-feira, 28 março, 2024

Músicos uruguaios e venezuelanos prestam homenagem a Alí Primeira

Montevidéu, 19 nov (Prensa Latina) Músicos uruguaios e venezuelanos interpretaram aqui canções de amor, denúncia, combate e esperança em memória do cantor Alí Primeira, quem, violão nas mãos, vagou pelo Auditório Nacional del Sodre.

A sala Hugo Balzo ficou pequena para acolher ontem à noite dezenas de pessoas que se fizeram cúmplices da homenagem a esse homem imprescindível da canção de protesto na Venezuela e da América como foi, e continua sendo, o chamado Cantor do Povo.

Violão em mãos, Daniel Viglieti deu início à noite memorável para entre canto e prosa recordar os encontros que teve com o venezuelano e que vivem em sua memória como se o tempo de ontem fosse hoje.

“Oxalá que as eleições (legislativas de 6 de dezembro) confirmem a continuidade da Revolução Bolivariana”, disse Viglieti no meio de intensos aplausos.

E para demonstrar que Alí Primeira continua sendo a voz que muitos precisaram para se expressar, subiram ao palco os jovens venezuelanos Amaranta Pérez, Alí Alejandro Primeira, Luis Badaraco, Farid Colmenares e o maestro Jesús Brito.

Alejandro Primeira, sobrinho do cantor homenageado, considerou um prazer estar na terra de José Gervasio Artigas, Mario Benedetti, Eduardo Galeano e Alfredo Zitarrosa, um dos principais expoentes da música popular uruguaia.

A eles se uniram os reconhecidos músicos nacionais José “Pepe” Guerra, a dupla Larbanois-Carrero, Daniel “Lobito” Lagarde e Diane Denoir, quem não cantou devido a seu disfonia mas falou de Alí e da acolhida em Venezuela quando fugiu perseguida pela ditadura.

‘Planfetaria’, ‘Cielo despejado’ (Céu aberto), ‘Canción Bolivariana’ (Canção Bolivariana) e ‘Techos de cartón’ (Tetos de papelão) foram algumas das músicas do também conhecido na pátria de Bolívar como Pai Cantor que foram interpretadas pelos artistas venezuelanos e uruguaios em “Um canto amigo e necessário”, organizado pela embaixada do país caribenho em Montevidéu.

Visivelmente emocionado, o embaixador da Venezuela, Julio Chirino, agradeceu a todos os participantes por ter tornado possível a homenagem que reafirma que “Alí está mais vivo que nunca devido ao que dizia”.

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