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quinta-feira, 28 março, 2024

Nova Operação Condor usa Poder Judiciário contra esquerda, diz Correa

Divulgação
Constantemente o presidente do Equador tem comparado este novo método de “derrubar presidentes” na América do Sul com a Operação Condor
Em seu programa semanal Enlace Ciudadano, transmitido pela internet desde a sede do governo equatoriano, Correa citou a destituição de Dilma Rousseff da presidência e as acusações contra o ex-presidente Lula no Brasil e as acusações contra a ex-presidente Cristina Kirchner na Argentina como expressão de uma nova Operação Condor na região.
“Sustento que agora estamos enfrentando outra Operação Condor, mas a América Latina e o mundo inteiro não tolerariam as repressões militares de outrora”, disse o presidente equatoriano.
“Agora há ‘congrezasos’, outras formas de desgastar os governos progressistas, fazer com que percam maiorias parlamentares e assim, com qualquer argumento, destituir presidentes, como Dilma Rousseff”. Correa destacou ainda que Dilma teve mais de 50 milhões de votos e foi destituída por dezenas de senadores “questionados por corrupção”. “São os novos golpes brandos”, afirmou.
“A nova Operação Condor não são somente ‘congrezasos’, mas também ‘cortezasos’, utilizando cortes, juízes e promotores com ambições políticas para bloquear candidatos de esquerda que sabem que vencem eleições, como o querido companheiro Lula da Silva”, afirmou sobre as recentes acusações do MPF (Ministério Público Federal) contra o brasileiro. Ele também citou a situação de Cristina Kirchner na Argentina, investigada em pelo menos três processos que correm na Justiça de seu país, classificando as acusações contra os dois ex-presidentes de “perseguição política”.
Correa expressou “toda nossa solidariedade, admiração, carinho e gratidão” a Lula pelo que fez “pelo Brasil, pela América Latina e pelo mundo”, “a quem agora querem acusar de corrupto e utilizam para isso o Poder Judiciário”.
Recordando a “tristemente célebre” Operação Condor, afirmou que a cooperação entre ditaduras sul-americanas também tinha o objetivo de impedir a ascensão democrática de governos de esquerda na região e pediu que os jovens “não esqueçam a história, não fiquemos neste passado, mas sim aprendamos para não sermos vítimas dos mesmos algozes”.
Fonte: Opera Mundi

 

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