Panamá, (Prensa Latina) A atividade hoteleira no Panamá continua em franca queda com uma ocupação média de 46,1% de suas capacidades, segundo estatísticas oficiais do primeiro semestre de 2018, foi divulgado hoje aqui.
O balanço negativo dos hotéis na primeira metade do ano piorou um pouco, depois de um primeiro trimestre onde a queda foi menor que a prevista. Entre as causas, a ATP aponta ao fortalecimento do dólar, o que torna o país mais competitivo que outros destinos onde o sistema cambial local favorece moedas fortes.
Gustavo Him, administrador da ATP, reconheceu que há uma baixa contundente este ano, ‘impactada principalmente pelo segundo país de one mais recebiam [visitantes] que era Venezuela. Deixamos de perceber quase 180 mil turistas venezuelanos’.
No entanto, a crise hoteleira se manteve nos últimos quatro meses, cujas causas atribuíram, entre outras, a uma excessiva oferta depois do boom de construção de habitações e a falta de uma política oficial de promoção turística eficiente, segundo os afetados.
Armando Rodríguez, presidente da Associação Panamenha de Hotéis, disse à imprensa que em março se freou a queda devido à propaganda institucional feita no exterior, mas considerou que o turismo está precisando também de companhias aéreas de baixo custo.
Rodríguez considerou que essa seria a chave para o turismo da capital e interior do país, enquanto sua colega Annette Cárdenas, executiva da cadeia de hotéis Marriot, propôs ‘fazer algo mais chamativo e interessante para atrair passageiros em trânsito’ no aeroporto de Tocumén, segundo declarações ao semanário Capital Financeiro.
Nesta quinta-feira, o presidente do país, Juan Carlos Varela, assinou um regulamento interno, mediante o qual os hoteleiros e outros empresários do setor poderão dispor de 20 milhões de dólares do Fundo de Promoção Turística Internacional durante este ano e nos próximos, para que atraiam a chegada de mais visitantes.
Durante a assinatura do documento, o mandatário destacou que ‘estamos convencidos que o desenvolvimento turístico do país virá da empresa privada que trabalha de maneira responsável e constante para que esta indústria ofereça cada vez mais e melhores produtos’.
O alto custo da vida no Panamá impacta a oferta aos turistas, que deverão pagar transporte, hospedagem e alimentos a preços pouco competitivos em comparação com os países vizinhos, inclusive para nacionais, além da falta de uma real coordenação entre todas as entidades participantes no setor, opinaram analistas.