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quinta-feira, 28 março, 2024

Papa Francisco visita memorial em homenagem às vítimas de genocídio na Armênia

O papa depositou uma coroa de flores no memorial às vítimas do genocídio armênia em Ierevan, capital do país (EFE)
Agência Efe | Ierevan –
Pontífice recebeu descendentes de armênios que o Vaticano abrigou na época do genocídio; ‘a memória não deve ser diluída e nem esquecida’, escreveu Francisco
O papa Francisco visitou neste sábado (25/06) o memorial que lembra as vítimas do genocídio na Armênia, em 1915, em seu segundo dia de viagem ao país asiático. Na cerimônia, o pontífice depositou uma coroa de flores no memorial.
Francisco, que retorna para o Vaticano no domingo, chegou ao local ao lado do patriarca da Igreja Apostólica Armênia, Karekin II, e ambos foram recebidos pelo presidente da República, Serzh Sargsyan.
Após percorrer a pé uns 100 metros, o papa depositou uma coroa de flores brancas e amarelas, as cores do Vaticano, aos pés do memorial, onde permaneceu alguns minutos rezando em silêncio.
O papa também assinou no livro de honra do complexo, no qual escreveu: “Aqui rezo, com dor no coração, para que nunca mais se deem tragédias como esta, para que a humanidade não esqueça e saiba vencer o mal com o bem”. “A memória não deve ser diluída e nem esquecida: a memória é fonte de paz e de futuro”, acrescentou Francisco.
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Inaugurado em 1967, o memorial fica no alto de uma colina da capital do país, Ierevan, e é composto por três partes: o mausoléu, uma alta coluna pontiaguda de basalto e o Muro da Memória, onde estão inscritos os nomes das vítimas.
EFE“A memória não deve ser diluída e nem esquecida: a memória é fonte de paz e de futuro”, escreveu o papa no livro de honra do memorial
Todo o espaço tem como objetivo lembrar os 1,5 milhão de armênios que, de acordo as estimativas, morreram durante as deportações maciças orquestradas pelas autoridades otomanas em 1915, para expulsaraàs populações armênias presentes na Anatólia.
Depois, Francisco recebeu um grupo de descendentes das 400 crianças que o Vaticano refugiou na época na residência pontifícia de Castel Gandolfo, no sul de Roma, por decisão do então papa, Bento XV.
O papa conversou com eles por alguns instantes e depois fez a entrega de um rosário. Ele deixou o local e seguiu para Gyumri, onde vai celebrar uma missa e terá um encontro com a comunidade católica.

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