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sexta-feira, 29 março, 2024

Parlamento ucraniano aprova orçamento polêmico

Kiev, (Prensa Latina) A Suprema Rada da Ucrânia (parlamento) aprovou nesta sexta-feira (25) o orçamento controverso de 2016, atado às condições do Fundo Monetário Internacional (FMI), com a esperança a mais apoio creditício, apesar do empobrecimento de setores de baixos rendimentos.

Adotado pelo voto de 263 deputados, de um mínimo técnico de 226, o plano fiscal foi questionado inclusive pelas frações aliadas como o partido Batkivschina, do primeiro-ministro Arseny Yatseniuk.

A ex-chefa de governo Yulia Timoshenko, e fundadora dessa organização coparticipante do golpe de Estado de fevereiro de 2014, catalogou o plano de “sentença para o país”, segundo relataram os noticiários sobre o início debate antes da votação na Rada.

O documento, disse Timoshenko, supõe “a destruição dos pobres e a defesa dos mais ricos”, em um país à beira de inadimplência e uma crise econômica sem precedentes na última década.

Representantes da oposição na Rada questionaram o fato de que os deputados não tiveram acesso à leitura detalhada do projeto do plano fiscal para 2016, que contempla um déficit de 3,5 bilhões de dólares, 3,7 por cento do Produto Interno Bruto.

A deputada pelo Bloco Opositor Natalia Korolevskaya denunciou que o texto foi concluído no gabinete de ministros nesta madrugada e nem um só parlamentar pôde o ler.

Entre os pontos mais criticados fez alusão ao aumento projetado do salário mínimo a cinco dólares e as pensões em US$6, insuficientes no contexto de encarecimento dos serviços comunais, e as tarifas de gás e a eletricidade, expôs.

De acordo com a exigência do FMI, o plano fiscal da Ucrânia descansa sobre o controvertido novo Código Tributário, aprovado na semana passada, que recusam as frações da oposição na Rada por impopular.

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