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segunda-feira, 18 março, 2024

Pensata de pessoas e afins

Silas Correa Leite*

As Pessoas… As Pessoas

“Quase todo mundo está correndo tão rápido quanto pode de si mesmo. E o problema é que você não pode correr para longe de você mesmo. Aonde quer que você vá você será você mesmo. O medo é de conhecer a si mesmo. Este é o maior medo no mundo. Porque vocês têm sido tão imensamente condenados por todo mundo por coisas tão pequenas, por pequenos erros que são absolutamente humanos e você ficou com medo de você mesmo. Você sabe que você não vale nada. É esta ideia que tem sido passada e está muito profundamente no seu inconsciente: de que você não merece, de que você é totalmente sem valor… Naturalmente, a melhor forma é se distanciar de você mesmo. Todo mundo está fazendo isso, de um jeito ou de outro: alguém está correndo atrás de dinheiro, alguém está correndo atrás de poder, alguém está correndo atrás de respeitabilidade, alguém está correndo atrás de virtude, de santidade. Mas, se você olhar bem profundamente, eles não estão correndo atrás de coisa alguma, eles estão fugindo de si mesmos.” (OSHO)

– as pessoas vão para a igreja levando crucifixo de um falso Cristo eternamente preso no metal ou na madeira, e querem ser livres como adoradores de imagens e de santos falsos, já que debaixo do sol tudo é vaidade…
– as pessoas xingam o governo de corrupto e ladrão, mas também roubam no imposto de renda, glosam, levam vantagem em tudo e adquirem bens de forma que não é transparente, honesta, justa, legal…
–  as pessoas escrevem e falam de amor e paz, mas não fazem caridade, não prestam atenção nos carentes, tiveram ajuda e conforto naquilo que deveria ser luta, e posam de santinhos, mas nas contracorrentes da vida são meros ímprobos impunes…
–  as pessoas querem vencer na vida sem esforço, fazem malfeitos e têm enriquecimento ilícito e propriedades ilegais, mas se acham donos da verdade, criticozinhos de ocasião, revoltados de condomínios, sábios de cafundós, radicais de inutensílios…
– as pessoas leem pouco ou quase não leem, estudam mal e porcamente pelo diploma e não pelo conhecimento, evoluem por serem concordatos com erros no clã e no meio, mas posam de sabidas e tem falsas verdades como quinhão ou butim…
– as pessoas acham que são aquilo que não são, pensam que pensam, têm poses bonitas e conteúdos ralos, e querem justiça só para os outros, para si mesmas não, pois estão livres e impunes no inferno de suas vidinhas mequetrefes…
– as pessoas se acomodam achando que têm aquela velha opinião formada sobre tudo, cheias de mesmices e achismos, suspeitas e esquisitas botam banca e parecem perfeitas, honestas, merecedoras, mas são vazias, ralas…
–  as pessoas repetem refrãos, jargões da mídia, gritam nódoas, regurgitam neuras, destilam ódio, empalam venenos no ego, e até se consideram ricas, perfeitas e acabadas, com conteúdo cultural limitado, sentido humanitário frouxo, ética rala, vazio existencial rodando, mas posudas, com grife…
-As pessoas têm problemas graves em família, de onde se origina tudo, segundo Freud, mas não topam mudanças, não encaram rojões, não enfrentam monstros, buscam assim uma boba paz falsa de acomodamento para não terem que lutar por transparência e ética…
-As pessoas devem e não pagam, são caloteiras, velhacas, sofrem processos, cobranças judiciais de condomínio atrasado ou mensalidade da chique escola do filho vencida e impaga, sofrem despejo, mas andam com falsas roupas de grife, ou cabritadas, mostram pose falsas daquilo que na verdade tem e são, e assim desfilam como o cavalo na passeata, posudas e sem conteúdo, no cabresto do ego, da moda…
-As pessoas depois de uma certa idade falseadas, jogando sujo, trabalhando com improbidade em meios escusos, lá um dia que a ficha tardiamente cai, se descobrem santas de pau oco, filósofas de banheiro, e então se dizem cansadas, repugnadas com o meio ou mal feitos no clã, mas até aí encheram a burra e fizeram igualzinho, portanto, não têm moral para julgar isso ou aquilo, nem serem críticos de ocasião de uma hora pra outra, quando a idade, o tempo, a consciência e um remorso temporão aperta na muda…
-As pessoas comem mortadela e arrotam caviar, querem tudo na moleza, tudo fácil, por isso engolem sapos, acomodam situações de dezelo ético no meio ou no clã, em família, porque na verdade não encaram problemas graves, porque não têm capacidade inclusive moral para resolver, e assim, na maciota levam os outros na conversa, no bico, quando precisam ajuda correm pedir, com jeitinho, porque é mais fácil conquista acomodando situações do que se insurgir, do que revelar caráter, têmpera e ídolo de luta e galhardia…
-As pessoas ficam ricas de uma hora pra outra – riqueza impune (ninguém fica rico impunemente ) – casa boa, carro importado, bens, e o quantum ganha não corresponde a esse enriquecimento ilícito, principalmente se for em cargo publica de área suspeita de propina e corrupção por atacado, de impunidade generalizada, mas acham que ninguém saca, que são todos bobos, que ninguém desconfia, ninguém soma um mais um, e assim desfilam garbosas e com pose de classe média com bens irreconhecíveis para o cargo de sub isso ou sub aquilo, definitivamente corruptas mas ainda impunes…
-As pessoas falam em Deus, em Jesus, em amor, em espírito, em filosofias, em espiritismo até, mas a vida pregressa destoa do real, pois, se a dor traz profundo conhecimento e consagra a resultante dela em artes, ofícios ou evoluções, a mesmice e o achismo revelam o nada e o ninguém; porque sem sofrer não há ganho, sem muita leitura e releitura não há escritor, sem muito esforço não há conquista com as mãos limpas…
-As pessoas se esforçam para mostrarem etiquetas, grifes, poses, posses, mas, conversando com elas você vê o paradoxo moral-existencial; convivendo com elas você sente o cheiro do ralo, e, sabendo-as, você não capta nenhum conhecimento com a sabedoria ou a verdade pura e linda, nua e crua, pelos pais que tiveram, até pelo meio em que evoluíram de forma inidônea, e elas também ainda que improbas são ainda e por isso mesmo sequelas disso tudo, de uma sociedade doente, do qual elas fazem parte e nela se deram bem…
-Pessoas? Há controvérsias. “Quem nasceu galinha jamais será águia”, disse Leonardo Boff.
As Pessoas têm algemas e não sabem…
As pessoas não deveriam levar a sério elas mesmas – falsas poses, improbas conquistas, erros impunes – porque levariam a sério outras pessoas? Se falam com uma pessoa inteligente, rotulam, é louco. Se a pessoa for culta, criticam, é comunista, petralha, tem corrupto de estimação. Se a pessoa venceu na vida honestamente, dizem, é bobo. Assim as pessoas se medem por elas mesmas e o espelho pode doer. Se precisam de alguma coisa, carentes, vendo interesses e benesses na moleza, rastejam e pedem, prevaricam, obrigam ajuda. Quando não precisam, não vendo interesse, se afastam e arrotam grandezas pífias que não têm. Cada um se mede por si mesmo, e como o nível geral é baixo, vence a hipocrisia, o dezelo ético, a cara de tacho e a pose de falso rico, falso culto, falso inteligente, falso honesto, falso critico, falso filósofo, falso dono da verdade. As pessoas presas em seu primário e movediço tirocínio sobrevivencial, não usam do tal sincericidio, preferem engolir sapos e parecem de paz fácil, mas são frágeis como carruagens de abóboras, revólveres de mamonas, flautas de cambuquira, cérebros de alfafa. As pessoas se limitam ao seu clã, ao seu meio, disfarçam bem, enganam incautos trouxas, e ainda assim querem parecer “gentehumana”. Pessoas que pensam que são o que não são, que acham que são e não… e assim sobrevivem (cruz e castigo)  mal e porcamente sendo afinal só isso mesmo,
ELAS MESMAS…
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*SILAS CORREA LEITE
Professor, conselheiro diplomado em direitos humanos, jornalista comunitário, ciberpoeta e escritor premiado, livre pensador humanista, consta em mais de oitocentos links de sites, até no exterior, entre eles Cronópios, Observatório de Imprensa, Correio do Brasil, EisFluências, Pravda (Rússia) e outros, Prêmio Lygia Fagundes Telles Para Professor Escritor, Prêmio Paulo Leminski de Contos, Prêmio Ignácio de Loyola Brandão de Contos, Prêmio Biblioteca Mário de Andrade (São Paulo, Gestão Marilena Chauí), Prêmio Literal (Fundação Petrobrás, Curadoria Heloisa Buarque de Hollanda),   Prêmio Instituto Piaget/Cancioneiro infanto-juvenil, Portugal, vencedor do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP-Parceiros do Tietê/Jornal O Estado de São Paulo/Rádio Eldorado) entre outros, publicou em revistas, jornais, tabloides, fanzines, como Revista da Web, Trem Itabirano, Panorama Editorial, Revista Construir, DF Letras, Mundo Lusíada (Portugal), etc. Autor, entre outros, de Porta-Lapsos, Poemas, All-Print, SP, Campo de Trigo Com Corvos, contos premiados, Editora Design, SC (finalista no Telecom, Portugal), DESVAIRADOS INUTENSILIOS, Editora Multifoco, GOTO, A Lenda do Reino do Barqueiro Noturno do Rio Itararé, romance,  GUTE GUTE, Barriga Experimental de Repertório, romance, e O Menino Que Queria Ser Super-Herói, romance infantojuvenil, ambos a venda site Amazon e do ebook de sucesso O RINOCERONTE DE CLARICE, onze contos fantásticos, cada ficção com três finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, destaque na grande mídia (Estadão, Diário Popular, Revista Época) inclusive televisiva, por ser o primeiro livro interativo da rede mundial de computadores, tendo sido entrevistado por Márcia Peltier (Momento Cultural/Jornal da Noite, REDE BAND), Metrópolis e Provocações (TV Cultura), entre outros, e a obra, por ser pioneira e única no gênero, foi recomendada como leitura obrigatória na matéria Linguagem Virtual, do Mestrado de Ciência da Linguagem da UNIC-Sul de SC, tese de Mestrado na Universidade de Brasília e tese de Doutorado na UFAL. Seu estatuto de poeta foi vertido para o espanhol, francês, inglês e russo. Contatos: poesilas@terra.com.br

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