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segunda-feira, 18 março, 2024

Polidez e clareza: Putin e a estupidez ‘ocidental’

 Vladimir Putin, Entrevista (excerto) in Paul Craig Roberts Blog
http://www.paulcraigroberts.org/2016/09/08/putin-politely-expresses-his-amazement-at-western-stupidity/ 
Tradução: Vila Vudu

Em entrevista a John Micklethwait, de BloombergBusinessweek – e jornalista-chefe do Grupo Bilderberg – , Putin foi interrogado sobre um pressuposto desejo da Rússia, de expandir geograficamente a própria influência. Putin respondeu como segue:
                                                      
“Entendo que para todas as pessoas capazes de pensar com sobriedade e que estejam realmente envolvidas em política séria, a idea de que haveria alguma ‘ameaça’ russa, por exemplo, contra os países do Báltico, é completa loucura. Estaríamos realmente dedicados a combater contra a OTAN? Quantos habitantes tem a OTAN? Cerca de 600 milhões? Na Rússia, somos 146 milhões. Sim, somos a maior potência nuclear. Mas o senhor realmente crê que trabalhamos para conquistar os países do Bálticos com armas atômicas? Que loucura é essa?! Esse é o primeiro ponto, mas absolutamente não é o principal.

“O ponto principal é algo completamente diferente. Os russos temos uma experiência política riquíssima, que nos convence muito profundamente de que ninguém consegue fazer coisa alguma contra a vontade do povo. Nada. É impossível fazer seja o que for, contra a vontade do povo. Mas parece que alguns dos nossos parceiros não compreendem essa verdade histórica simples. Quando falam da Crimeia, fazem de tudo para não ver que a vontade do povo que vive na Crimeia – 70% dos quais são russos étnicos; para todos os demais a língua nativa é o russo – foi consultada e respeitada: o povo da Crimeia desejava ser reintegrado à Rússia. Há gente no ocidente que faz de tudo, no esforço para não ver isso.

“Só num ponto, no Kosovo, o ocidente fala em desejo do povo. Mas na Crimeia, nunca. É um jogo político. Seja como for, e para tranquilizá-lo, posso dizer que a Rússia sempre trabalhou e planeja continuar trabalhando na direção de política externa absolutamente pacífica, dirigida para a cooperação.

“No que tenha a ver com expandir geograficamente nossa zona de influência… Viajei nove horas de Moscou a Vladivostok. É praticamente a mesma distância entre Moscou e New York, cruzando Europa Ocidental, Europa Oriental e o Oceano Atlântico, sem sair de território russo. O senhor acha que precisamos expandir geograficamente o quê?”

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