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quinta-feira, 25 abril, 2024

POR QUE GUAIDÓ NÃO ACEITA AS ELEIÇÕES?

EM seus primeiros aparecimentos públicos, o deputado da Assembleia Nacional em desacato da Venezuela, Juan Guaidó, cada vez que pôde armou um show da mídia para convocar novas eleições citando que as de 2018 – onde foi eleito presidente Nicolás Maduro – «eram ilegais».

Agora o deputado se surpreende de que, como parte do processo de negociação com a oposição e a disposição do Governo Bolivariano, o presidente Maduro dissesse que se adiantassem as eleições para a eleição da Assembleia Nacional.

O personagem improvisado, mal aconselhado e ansioso por protagonismo e dinheiro, insiste em seu papel como servidor das ordens do governo dos EUA e fez muita empatia com o pior da fauna neofascista de Pompeo, Bolton, Rubio, Abrams e Mike Pence.

Guaidó não quer eleições porque sabe que está perdido. E muito importante, vai chegar um momento em que tenha que responder perante o povo e a justiça do seu país, nomeadamente por: usurpar uma posição que não lhe pertence, instar à uma intervenção militar contra o seu país, promover e incentivar a guerra econômica que já deixou crianças mortas devido ao bloqueio de alimentos, medicamentos e outros recursos vitais, usurpar sedes diplomáticas no exterior em violação das leis e convenções internacionais.

Guaidó saberá o que lhe corresponde judicialmente por cada uma dessas violações cometidas por ele? Ou é que acha que a Venezuela é um Estado falido onde não há leis ou agências responsáveis por aplicá-las?

Guaidó quer que Maduro deixe a presidência e entregue a ele. Quer que os 6.190,612 milhões de votos obtidos pelo presidente legítimo em 2018, de maneira transparente e reconhecida pelas autoridades e personalidades internacionais lhe sejam presenteados pelo seu «gesto nobre» de querer desestabilizar o país ainda que as sanções causem fome e uma possível intervenção militar com consequências incalculáveis.

Juan Guaidó não quer eleições e, acima de tudo, se expressa com a vulgaridade de uma pessoa frustrada, qualificando o presidente Maduro como «cada vez mais dissociado». «Não venham com a história de uma eleição parlamentar», disse.

Seria necessário ver qual é a opinião de seus donos dos EUA, que também pediam eleições antecipadas para «restaurar a democracia», e ficaram mal parados com este show do auto-proclamado.

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