Buenos Aires (Prensa Latina) Depois de várias marchas e protestos, representantes do Governo argentino, parlamentares e várias organizações sociais chegaram a um projeto de consenso em busca de declarar emergência social no país.
Ontem, se deu um passo gigante neste assunto, que será um dos tantos que continuarão sendo debatidos nas sessões extraordinárias do Congresso, convocadas para o próximo mês.
O que está sendo discutido será diferente do que se aprovou semanas atrás no Senado e entre outras coisas, ‘autoriza o governo a reassociar rubricas orçamentárias’ para atribuir até 30 bilhões de pesos (cerca de 1,9 bilhões de dólares) pelos próximos três anos.
Espera-se que esta iniciativa, reivindicada há meses por um grupo de organizações sociais, seja votada no dia 6 de dezembro pelos Deputados e depois voltará à Câmara Alta para sua aprovação final.
Entre os principais pontos do acordo se destaca a criação do Registro Nacional da Economia Popular, do Conselho do Salário Social, a unificação de programas como ‘Argentina Trabalha’ e ‘Elas Fazem’ e do salário social complementar, informou o jornal El Destape.
A reunião entre o Executivo, os parlamentares e as organizações sociais ontem freou, por enquanto, outra marcha que ia se realizar hoje em frente ao Congresso para exigir a lei de emergência social.
Na sexta-feira passada, mais de 200 mil pessoas encheram a chamada praça dos dois Congressos com um grito unânime de que este projeto fosse já aprovado no meio dos altos índices de inflação, o aumento em serviços básicos e o plano de ajuste econômico do governo, que deixou milhares de pessoas despedidas e em uma situação complexa.
A declaração da lei surgiu como proposta de organizações como o Movimento Evita, a Confederação de Trabalhadores da Economia Popular, e Barrios de Pie (Favelas de Pé), e procura fomentar a criação de um milhão de postos de trabalho e o aumento nos benefícios por filho e por gravidez, entre outros pontos.