Quito, 15 fev (Prensa Latina) A quatro dias das eleições no Equador, a Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade deu nesta quarta-feira (15) aqui seu respaldo à candidatura de Lenín Moreno, aspirante à presidência pela dirigente Aliança PAIS.
Lenín Moreno éO ÚNICO QUE pode conduzir o país em uma direção progressista, assegura a declaração lida pela escritora cubana Katiuska Blanco, no encerramento de um encontro de artistas e intelectuais latino-americanos realizado na Casa da Cultura Equatoriana, e que contou com a presença do candidato oficialista.
O texto adverte também que no próximo domingo, quando cerca de 13 milhões de equatorianos estão convocados a eleger o novo presidente e vice-presidente, e os 137 membros da Assembleia Nacional e 5 deputados ao Parlamento Andino, estará em jogo a continuidade do modelo inclusivo, democrático e humanista posto em marcha pelo presidente Rafael Correa após sua chegada ao governo em 2007.
Acreditamos que o processo de transformação da sociedade equatoriana iniciado há 10 anos deve continuar e consolidar-se, acrescenta a declaração respaldada por Atilio Borón, Luis Britto, Víctor Heredia, Liuba María Hevia, Frei Betto, Piedad Cordoba, Elena Poniatowska, Emir Sader e Roberto Fernández Retamar, entre outros destacados intelectuais e artistas membros da rede internacional.
Nesse sentido, e previamente à leitura e entrega do documento a Moreno, os intelectuais concordaram que o dia 19 de fevereiro próximo será uma data crucial, não só para o Equador, mas para toda região latino-americana, onde nos últimos anos se observa um retrocesso no número de governos progressistas que chegaram ao governo a partir de 1998.
O que se decide no Equador no próximo domingo é se o rumoQUE SEGUIU A América Latina desde 1998 retrocede ou continua, sentenciou Borón, enquanto Britto considerou que uma vitória de Moreno marcaria a concretização desses processos progressistas na América Latina e no mundo.
Por sua vez, Moreno, que ocupou a vice-presidência do Equador durante o primeiro governo de Correa (2007-2013), agradeceu o apoio dos intelectuais, e qualificou-o de ‘uma contribuição imensa a tudo aquilo que ainda falta construir’.
O melhor que se fez foi levantar do varro o orgulho nacional, afirmou o candidato de Aliança PAIS, em alusão aos avanços em matéria de equidade, justiça social e soberania alcançados pela Revolução Cidadã, como se denomina o projeto de governo desenvolvido por Correa, e que Moreno promete continuar se ganhar as eleições.
Para chegar ao Palácio de Carondelet, o candidato oficialista deve derrotar outros sete candidatos: Guillermo Lasso (CREO), Cynthia Viteri (Partido Social Cristão), Paco Moncayo (Acordo Nacional pela Mudança), Dalo Bucaram (Força Equador), Iván Espinel (Força Compromisso Social), Patricio Zuquilanda (Sociedade Patriótica) e Washington Pesántez (União Equatoriana).
Segundo a lei eleitoral equatoriana, o vencedor tem que obter 50% mais um dos votos válidos, ou na sua falta, 40% e uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o candidato que fique em segundo lugar, caso contrário será necessário recorrer a um segundo turno entre os dois mais votados.