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sexta-feira, 29 março, 2024

Rejeição ao bloqueio a Cuba e isolamento dos EUA repercutem na ONU

Nações Unidas, (Prensa Latina) A nova rejeição nesta terça-feira (28) ao bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba na Assembleia Geral da ONU constitui uma vitória da justiça, reafirmada pelo isolamento de Washington em sua política, concordaram hoje aqui embaixadores latino-americanos.

A propósito da adoção ontem de outra resolução sobre a necessidade de levantar o cerco econômico, comercial e financeiro à ilha, a vigésima-quarta consecutiva desde 1992, a Prensa Latina conversou com diplomatas da região testemunhas do que aconteceu na Assembleia.

“Presenciamos um fato histórico e arrasador, o apoio de 191 dos 193 membros das Nações Unidas ao projeto”, afirmou o representante permanente da Bolívia, Sacha Llorenti.

De acordo com o servidor público, a nova votação deixou duas mensagens claras da comunidade mundial. A primeira delas, o apoio claro ao povo cubano em sua luta contra uma violação ao Direito Internacional e à Carta da ONU presente por mais de meio século.

Do mesmo modo, evidencia o isolamento dos Estados Unidos, só apoiado por Israel na plenária, disse.

Por sua vez, o embaixador venezuelano, Rafael Ramírez, destacou a aprovação da iniciativa para deter o bloqueio, grupo de sanções unilaterais e extra-territoriais em vigor apesar da recente restauração de relações diplomáticas entre Washington e Havana.

“Ontem tivemos uma vitória extraordinária do povo cubano, e hoje a [vitória foi] da Venezuela, com sua entrada ao Conselho de Direitos Humanos. Duas derrotas da agressividade dos Estados Unidos contra os povos”, advertiu.

O embaixador alternado do Equador, Diego Morejón-Pazmiño, comemorou a nova condenação ao cerco aplicado e reafirmado por 10 presidentes norte-americanos, alguns deles – como o atual – com dois mandatos na Casa Branca.

É entristecedor ver que 191 dos 193 países da ONU apoiem o fim do bloqueio e que ele continua, [é] uma situação inaceitável, expôs.

Para Morejón-Pazmiño, se a vontade do mundo, expressada nas resoluções da Assembleia, fossem cumpridas, o planeta seria um lugar muito melhor.

“Este tipo de incoerência não pode continuar”, sentenciou.

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